Meus caros leitores, hoje venho aqui para vos apresentar algo diferente.
Vou apresentar-vos uma entrevista que realizei no dia 26 de Outubro. Desta forma, vamos fazer uma visita guiada a este mundo que todos os dias podemos moldar à nossa maneira (o mundo da dança.) Quanto à nossa guia, vai ser a Marina Popova, dançarina profissional e professora de danças de salão, que nos disponibilizou o seu tempo para realizarmos esta entrevista, onde foram realizadas as seguintes perguntas:
Vou apresentar-vos uma entrevista que realizei no dia 26 de Outubro. Desta forma, vamos fazer uma visita guiada a este mundo que todos os dias podemos moldar à nossa maneira (o mundo da dança.) Quanto à nossa guia, vai ser a Marina Popova, dançarina profissional e professora de danças de salão, que nos disponibilizou o seu tempo para realizarmos esta entrevista, onde foram realizadas as seguintes perguntas:
NotíciasCalcetadas: Qual a importância da dança na sua vida pessoal?
MarinaPopova: Partindo do ponto de vista que deixei tudo na Rússia (a família, os amigos, a minha vida pessoal, etc.) para vir para Portugal dançar, podem perceber que se a dança pode representar mais que 100%, então, na minha vida ela representa isso mesmo.
NC: Na sua opinião, de que forma a dança poderá influenciar cada um de nós?
MP: Definitivamente, poderemos afirmar que a dança têm a capacidade de “moldar” as pessoas que praticam este desporto. Contudo, é importante termos em conta, que estas mesmas mudanças se dão com muito mais frequência e muito mais facilmente nos dançarinos mais jovens, que desde cedo se vão sentir menos intimidados e, consequentemente, mais confiantes. Para além disso, a dança permite, ainda, promover a disciplina em todos os dançarinos que passam a ter horários, equipamentos e um grande número de obrigações que permitem que estes adquiram uma maior noção de responsabilidade. Assim como uma maior noção de estética e de moda.
NC: Numa perspectiva pessoal, explique-nos em que consiste a montagem e a preparação de um espectáculo?
MP: Em primeiro lugar, é necessário que se tenha em conta o número de dançarinos que o espectáculo em questão vai necessitar. Em segundo lugar, têm que se ter em conta a música e o espaço em que o espectáculo vai decorrer. Como devem imaginar não se poderá realizar um espectáculo com 10 dançarinos num palco muito reduzido. E, por fim, é necessário que exista um coreógrafo e alguém que trate dos pagamentos (que poderá ser a mesma pessoa, isto caso o espectáculo seja realizado com o objectivo de angariar dinheiro.) Tendo ainda que existir, uma pessoa, à parte que, tenha uma perspectiva exterior, face à luz do espaço, à altura em que a música começa, etc.
NC: Se pudesse escolher três palavras que nos permitissem ter uma breve noção de dança, quais seriam?
MP: Emoção, técnica e sorte.
NC: Considera que a dança pode ser entendida enquanto uma forma de expressão? Porquê?
MP: Sim, sem via de dúvidas. Até porque, a linguagem corporal, bem presente na dança, permite-nos dizer determinadas coisas que nem mesmo as palavras nos permitem.
NC: Quais as qualidades que um par precisa para ser um bom par?
MP: Em primeiro lugar, é importante que o par tenha a capacidade de dividir a sua vida pessoal da sua vida profissional (porque, por exemplo, no caso de um par que seja, simultaneamente, um casal amoroso poderá vir a ter vários problemas, principalmente a partir do momento em que estes se chateiam. Por outro lado, é importante que haja não preconceito num par, ou por outras palavras, ninguém deverá ter o problema de dançar com algum rapaz porque ele è gay, porque apesar de tudo estamos a falar de uma pessoa, de um dançarino que pode ser tão bom dançarino como qualquer outro. E, por fim uma das características fundamentais: o respeito, sem o qual um par nunca conseguirá ter sucesso.
NC: Quais os concelhos que daria aos nossos leitores que pretendem seguir a carreira profissional de danças de salão?
MP: Quanto aos rapazes, o único concelho que eu tenho é experimentem. Não tenham medo de experimentar só porque a maior parte das pessoas têm algum preconceito com isso. E acima de tudo, não digam que não gostam antes de experimentar. Quantos às raparigas é importante que estas sejam mais pacíficas e que, mesmo em competições, tenham a capacidade de dividir as coisas, de forma a que não se venham a estragar amizades por uma competição.
NC: Quais as principais diferenças entre o reconhecimento das danças de salão, entre Portugal e a Rússia?
MP: Antes de mais, posso adiantar-vos que não há qualquer tipo de comparação, estamos a falar de perspectivas totalmente opostas. Só para que tenham uma noção, na Rússia, em média, em cada duas crianças há uma que dança, o que faz com que exista uma grande concorrência. Assim, se por um lado na Rússia dava aulas de dança a 30 alunos (de cada vez), aqui, em Portugal, se conseguir dar aulas de dança a 8 ou 9 rapazes já é algo fabuloso. Definitivamente, em Portugal a dança é muito menos valorizada.
NC: Explique nos qual o objectivo do projecto que está a realizar na Escola Secundária da Moita?
MarinaPopova: Partindo do ponto de vista que deixei tudo na Rússia (a família, os amigos, a minha vida pessoal, etc.) para vir para Portugal dançar, podem perceber que se a dança pode representar mais que 100%, então, na minha vida ela representa isso mesmo.
NC: Na sua opinião, de que forma a dança poderá influenciar cada um de nós?
MP: Definitivamente, poderemos afirmar que a dança têm a capacidade de “moldar” as pessoas que praticam este desporto. Contudo, é importante termos em conta, que estas mesmas mudanças se dão com muito mais frequência e muito mais facilmente nos dançarinos mais jovens, que desde cedo se vão sentir menos intimidados e, consequentemente, mais confiantes. Para além disso, a dança permite, ainda, promover a disciplina em todos os dançarinos que passam a ter horários, equipamentos e um grande número de obrigações que permitem que estes adquiram uma maior noção de responsabilidade. Assim como uma maior noção de estética e de moda.
NC: Numa perspectiva pessoal, explique-nos em que consiste a montagem e a preparação de um espectáculo?
MP: Em primeiro lugar, é necessário que se tenha em conta o número de dançarinos que o espectáculo em questão vai necessitar. Em segundo lugar, têm que se ter em conta a música e o espaço em que o espectáculo vai decorrer. Como devem imaginar não se poderá realizar um espectáculo com 10 dançarinos num palco muito reduzido. E, por fim, é necessário que exista um coreógrafo e alguém que trate dos pagamentos (que poderá ser a mesma pessoa, isto caso o espectáculo seja realizado com o objectivo de angariar dinheiro.) Tendo ainda que existir, uma pessoa, à parte que, tenha uma perspectiva exterior, face à luz do espaço, à altura em que a música começa, etc.
NC: Se pudesse escolher três palavras que nos permitissem ter uma breve noção de dança, quais seriam?
MP: Emoção, técnica e sorte.
NC: Considera que a dança pode ser entendida enquanto uma forma de expressão? Porquê?
MP: Sim, sem via de dúvidas. Até porque, a linguagem corporal, bem presente na dança, permite-nos dizer determinadas coisas que nem mesmo as palavras nos permitem.
NC: Quais as qualidades que um par precisa para ser um bom par?
MP: Em primeiro lugar, é importante que o par tenha a capacidade de dividir a sua vida pessoal da sua vida profissional (porque, por exemplo, no caso de um par que seja, simultaneamente, um casal amoroso poderá vir a ter vários problemas, principalmente a partir do momento em que estes se chateiam. Por outro lado, é importante que haja não preconceito num par, ou por outras palavras, ninguém deverá ter o problema de dançar com algum rapaz porque ele è gay, porque apesar de tudo estamos a falar de uma pessoa, de um dançarino que pode ser tão bom dançarino como qualquer outro. E, por fim uma das características fundamentais: o respeito, sem o qual um par nunca conseguirá ter sucesso.
NC: Quais os concelhos que daria aos nossos leitores que pretendem seguir a carreira profissional de danças de salão?
MP: Quanto aos rapazes, o único concelho que eu tenho é experimentem. Não tenham medo de experimentar só porque a maior parte das pessoas têm algum preconceito com isso. E acima de tudo, não digam que não gostam antes de experimentar. Quantos às raparigas é importante que estas sejam mais pacíficas e que, mesmo em competições, tenham a capacidade de dividir as coisas, de forma a que não se venham a estragar amizades por uma competição.
NC: Quais as principais diferenças entre o reconhecimento das danças de salão, entre Portugal e a Rússia?
MP: Antes de mais, posso adiantar-vos que não há qualquer tipo de comparação, estamos a falar de perspectivas totalmente opostas. Só para que tenham uma noção, na Rússia, em média, em cada duas crianças há uma que dança, o que faz com que exista uma grande concorrência. Assim, se por um lado na Rússia dava aulas de dança a 30 alunos (de cada vez), aqui, em Portugal, se conseguir dar aulas de dança a 8 ou 9 rapazes já é algo fabuloso. Definitivamente, em Portugal a dança é muito menos valorizada.
NC: Explique nos qual o objectivo do projecto que está a realizar na Escola Secundária da Moita?
MP: O principal objectivo é fazer com que os estudantes ocupem parte do seu tempo livre (em que não têm nada para a fazer) a fazer algo construtivo e saudável, isto, em vez de irem ao encontro de maus caminhos como o das drogas.
I.L.