Ora boa noite, do último post que realizei referi a minha duvida à realização de coligações, e não me enganei… Sócrates dialogou com todos os partidos, com vista a governar em coligação, mas as respostas que obteve foram todas negativas, portanto o nosso Primeiro-ministro terá de governar com um governo minoritário.
De todos os governos minoritários em Portugal apenas um cumpriu o mandato, foi do de António Guterres (1995), todos os outros viram o seu mandato interrompido, ora vejamos:
- Os dois governos minoritários de Soares por exemplo, o primeiro caiu quando foi chumbada uma moção de confiança (1977), o segundo, que era em coligação com o CDS caiu devido a Freitas romper essa mesma coligação;
- Em 1981, Pinto Balsemão que liderava a AD demite-se dando como justificação a existência de oposição interna, é reconduzido, mas volta a demitir-se em 82 devido à derrota nas autárquicas;
- Em 1982 cai o “Bloco Central” (PS + PSD), devido a morte de Mota Pinto, que sendo substituído por Cavaco este decide romper com a coligação realizada, provocando novas eleições, da qual obteve uma maioria relativa, porém…
- Em 1987 o governo de Cavaco cai devido a uma moção de censura que foi a única aprovada até hoje, isto obviamente levou a novas eleições das quais o PSD sai com maioria absoluta.
Estes são exemplos de governos minoritários na nossa democracia, dos quais a conclusão que tiro é que é “perigoso” derrubar no Parlamento um governo sem alternativa, porque quem o faz é acusado de criar ruído, de impor-se a governação, e caso o façam com este governo, o que irá acontecer será o PS ter a maioria absoluta nas respectivas eleições, portanto as soluções que vejo são, ter quatro anos de Sócrates ou… seis!
A actual oposição terá de ter “cuidado” com as suas iniciativas, pois governos minoritários têm tendência a vitimizar-se com frequência.
Há que ter em conta, que a conclusão de legislatura não depende só das iniciativas da oposição mas também da credibilidade do governo, e sobretudo da evolução da conjuntura económico-social.
Na minha opinião governos minoritários nunca são uma solução rentável para o país, pois é muito difícil fazer reformismo com governos assim.
Concluindo, veremos o que sucede nos próximos meses com este governo minoritário de Sócrates. Muitas coisas estão em jogo, como a aprovação ou não do orçamento de estado para o próximo ano… Outro ponto que devemos ter em consideração são as futuras presidenciais (2011) que já começam a desenhar-se, com possíveis futuros candidatos a posicionarem-se e demonstrarem a sua disponibilidade para correrem pelo cargo de Presidente da República, mas desde assunto falaremos noutro post.
Não me irei alargar mais, deixo apenas o seguinte conselho: mantenham-se atentos, e participem, porque nós jovens seremos o futuro, e este presente de hoje será o passado que nos influenciará.
De todos os governos minoritários em Portugal apenas um cumpriu o mandato, foi do de António Guterres (1995), todos os outros viram o seu mandato interrompido, ora vejamos:
- Os dois governos minoritários de Soares por exemplo, o primeiro caiu quando foi chumbada uma moção de confiança (1977), o segundo, que era em coligação com o CDS caiu devido a Freitas romper essa mesma coligação;
- Em 1981, Pinto Balsemão que liderava a AD demite-se dando como justificação a existência de oposição interna, é reconduzido, mas volta a demitir-se em 82 devido à derrota nas autárquicas;
- Em 1982 cai o “Bloco Central” (PS + PSD), devido a morte de Mota Pinto, que sendo substituído por Cavaco este decide romper com a coligação realizada, provocando novas eleições, da qual obteve uma maioria relativa, porém…
- Em 1987 o governo de Cavaco cai devido a uma moção de censura que foi a única aprovada até hoje, isto obviamente levou a novas eleições das quais o PSD sai com maioria absoluta.
Estes são exemplos de governos minoritários na nossa democracia, dos quais a conclusão que tiro é que é “perigoso” derrubar no Parlamento um governo sem alternativa, porque quem o faz é acusado de criar ruído, de impor-se a governação, e caso o façam com este governo, o que irá acontecer será o PS ter a maioria absoluta nas respectivas eleições, portanto as soluções que vejo são, ter quatro anos de Sócrates ou… seis!
A actual oposição terá de ter “cuidado” com as suas iniciativas, pois governos minoritários têm tendência a vitimizar-se com frequência.
Há que ter em conta, que a conclusão de legislatura não depende só das iniciativas da oposição mas também da credibilidade do governo, e sobretudo da evolução da conjuntura económico-social.
Na minha opinião governos minoritários nunca são uma solução rentável para o país, pois é muito difícil fazer reformismo com governos assim.
Concluindo, veremos o que sucede nos próximos meses com este governo minoritário de Sócrates. Muitas coisas estão em jogo, como a aprovação ou não do orçamento de estado para o próximo ano… Outro ponto que devemos ter em consideração são as futuras presidenciais (2011) que já começam a desenhar-se, com possíveis futuros candidatos a posicionarem-se e demonstrarem a sua disponibilidade para correrem pelo cargo de Presidente da República, mas desde assunto falaremos noutro post.
Não me irei alargar mais, deixo apenas o seguinte conselho: mantenham-se atentos, e participem, porque nós jovens seremos o futuro, e este presente de hoje será o passado que nos influenciará.
S.A
4 comentários:
Será um governo minoritário mais positivo para o país que um maioritário?
Ao contrário da opinião aqui mostrada, acredito que um governo minoritário é muito mais positivo para o país. Um governo que possua uma maioria absoluta é basicamente uma "ditadura" no sentido de não existir uma oposição, retirando um pouco o sentido de Democracia da equação. No caso de existir um governo como o actual do Ps, não só não têm uma liberdade de procederem a governar segundo os seus ideais e apenas os seus, como são mais controlados e menos extravagantes com o medo do tal derrube (que como tão bem foi referido, aconteceu por várias vezes).
Um assunto que gostaria apenas de referir é a nova proposta do BE no parlamento. Chamem-me conservador mas será que o mais urgente (sim, esta foi a primeira proposta apresentada pelo Bloco) para o país é a legalização do casamento homosexual? Não me vou pronunciar sobre se é correcto ou não, mas será que, no meio de tanto desemprego, uma criminalidade cada vez maior e uma crise mundial o mais importante é a legalização de casamentos homosexuais?! Acredito que são manobras politicas como esta que, apesar da sua popularidade junto do público mais jovem, o bloco começa a cair na popularidade face aos seus concorrentes partidários.
Acho que é importante a abordagem de assuntos como este pois servem para nos abrir os olhos para o que se passa à nossa volta. Contribui também para o conhecimento de situações que já ocorreram no Passado e alerta-nos para a preocupação do Presente que influenciará o Futuro de nós, jovens. Gostei muito, continuem a publicar.
Um texto bastante interessante, e ainda bem que hoje em dia existam jovens a debater sobre estes temas bastante importantes na nossa sociedade. Comentando o texto, a nossa opinião é que com uma maioria absoluta não há oposição, e nao havendo uma oposição o governo faz o que lhe bem aptece tendo como consequência o que se passou nos últimos quatro anos.
Granda site sinsinhor
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